Daniel Goleman é um mestre pra mim.
Seus livros permanecem na minha mesinha de cabeceira como uma Bíblia a serem
sempre consultados. Goleman é autor de mais de 10 livros, psicólogo,
especialista nas ciências do cérebro e um jornalista científico, algo
que poucos profissionais deixam de lado após um certo reconhecimento e é
justamente o que me atrai no trabalho do Goleman.
Não podemos deixar um dia
sequer a pesquisa de lado. As coisas mudam o tempo todo e estar atualizado com
essas mudanças é minha prioridade, por isso acompanho o mestre.
E ele escreveu recentemente um
artigo em seu LinkedIn:
“Eu ouço muitas vezes as pessoas
dizerem: "Eu sou o tipo de pessoa
que ..." ou "Eu não sou uma pessoa extrovertida". Comentários que
sugerem que eles estão resignados a não
mudar a sua autopercepção - independentemente se é imprecisa ou autodestrutiva”
Goleman continua:
“Dr. Richard J. Davidson
aborda as possibilidades do uso de nossas experiências para mudar a nossa autopercepção,
e positivamente treinar os nossos cérebros”
Nota: Dr. Davison em 2008 fundou o Centro de Investigação de Mentes Saudáveis, um centro de pesquisa
dedicado ao estudo das qualidades positivas, como a bondade e compaixão. Ele atua no Conselho Consultivo
Científico do Instituto Max Planck
para Cognição Humana e Ciências do Cérebro em Leipzig desde 2011-2017 e como
Presidente da seção de Psicologia da Associação Americana para o Avanço da
Ciência 2011-2013.
“O que muitas vezes é referido quando
falamos dessa forma, são as diferenças que percebemos em nós mesmos, em nossas reações emocionais, a maneira
como reagimos à adversidade, e o
tipo de humor que muitas vezes habita. E estas são as diferenças que
existem entre as pessoas. Eles fazem parte de um guarda-chuva que chamamos
de 'estilos emocionais'. É uma
das coisas que dá à vida um monte de cores” – comenta Dr. Davison.
Ainda complementando, ele nos
mostra que ás vezes, essas variações podem ser desconfortáveis. Podem resultar em sofrimento por não
mudarem suas imagens. Estas são todas as variações que estão associadas a determinados circuitos
cerebrais.
A ideia da neuroplasticidade é simplesmente que o
cérebro muda em resposta à experiência, em resposta a nossas ações. Muda
em resposta a nossos relacionamentos. Ele
muda em resposta a um treinamento específico,
conclui.
Estas atividades irão moldar o cérebro, e podemos tirar
proveito da neuroplasticidade e
realmente desempenhar um papel mais
intencional na formação de nossos
próprios cérebros de maneira que possa promover a saúde, cultivando o
bem-estar.
Pesquisas recentes indicam que
apenas duas horas engajando-se em um
jogo de vídeo pode realmente mudar estruturalmente seu cérebro. Isso
ressalta quão extraordinariamente dinâmico nossos cérebros são, e constantemente sendo moldado desta maneira e de outras
maneiras.
“Na maioria das vezes nós não estamos cientes de como nossos
cérebros estão sendo moldados pelas
forças que nos rodeiam – chama atenção, Dr. Davison”
“As pesquisas mais recentes
indicam que muitos mecanismos diferentes
de neuroplasticidade persistem durante
toda a vida, e um dos mecanismos mais importantes de plasticidade é o
crescimento de novas células cerebrais reais”
“Um adulto médio gera algo entre 5 a 10 mil novas células a cada dia. Isso
acontece ao longo da vida, até o último dia. Estas células desempenham um
papel muito importante na plasticidade”
Esse é um resumo do que Dr. Davison ressalta apresentado
no artigo de Daniel Goleman como uma nova escolha de perceber melhor nossas
experiências, não deixando a cargo do “destino”. Podemos mudar!! Temos esse poder de escolha! E como ele mesmo frisou
no inicio de texto, essa mudança DÓI, dói muito! Mas precisamos insistir.
Esse é o motivo de desistirmos na primeira tentativa – a dor
da RE-programação. A neuroplasticidade
é como o primeiro dia de academia após intenso exercício físico. No dia
seguinte os músculos vão reclamar, o cérebro vai exigir que você pare com tal “sacrifício”,
mas você terá que lembrar SEMPRE que é
você que está no controle e é você quem dita as regras e todo resto se
adapta naturalmente...
laura botelho.