IBGE (instituto de pesquisas) nos diz que: 1 em cada 5 brasileiros é analfabeto funcional.
Você tem idéia da grandiosidade dessa afirmação?
A melhor definição de um analfabeto funcional se distingue na identificação do conjunto de recursos cognitivos que interferem na atividade de compreensão.
O que isso significa?
Para alcançar a compreensão de um texto há necessidade de um conhecimento prévio “de mundo”, do ambiente, do todo, para enxergar as partes.
Isso é forte? Abestado demais pra você?
Um conhecimento prévio de seu mundo identifica suas crenças, opiniões e interesses, diferentes tipos de textos e dos recursos lingüísticos utilizados. Quanto mais conhece mais você entende.
A leitura é um jogo psicolingüístico
de adivinhação por tentativa
A definição de saber ler eficientemente não necessariamente resulta da percepção precisa ou da identificação exata de todos os elementos gramaticais (símbolos gráficos), pois isso não requer muito talento.
Cientistas americanos conseguiram que macacos bonobo compreendessem cerca de 380 palavras por meio de um tabuleiro com cartões coloridos fazendo os ordenar de modo a compor frases. O bonobo também consegue expressar noções de tempo e grandeza. Gorilas se comunicam através de linguagem de sinais como os surdos/mudos também.
O Nordeste tem a maior taxa de analfabetismo do país, com quase 8 milhões de pessoas analfabetas. Dizem... que no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 75% da população. Acredito que estão subestimando os números...
Vejam que estamos falando de 8 milhões de pessoas que não sabem fazer o que os macacos bonobos fazem! Ou seja: identificar uma palavra (símbolo) e organizá-la de modo a formar uma mensagem.
A maioria desses analfabetos funcionais se encontra no centro da grandes capitais do Brasil – são os que fazem o serviço que você paga.
Não estou falando dos domésticos, mas dos milhares de funcionários públicos espalhados em todo lugar.
Uma leitura eficiente não resulta da percepção precisa e da identificação exata de todos os símbolos gráficos (palavras), mas sim da habilidade em selecionar o maior número de pistas para matar a “charada”!
Trata-se de uma atividade que implica em estratégia de seleção, antecipação, inferência e verificação.
A habilidade de antecipar aquilo que não foi visto, é vital para a compreensão do todo. A busca de um sentido, a extração de um significado na leitura é o que procura o leitor, e isso unifica o uso da estratégia que o processo exige.
A maioria dos seres humanos utiliza a cognição básica como estratégia para ler, ou seja, apenas decodifica o que está vendo sem o uso do conhecimento reflexivo.
Se utiliza apenas das regras básicas gramaticais e um conhecimento limitado de vocabulário que possa dar capacidade para identificar a mensagem.
Somente uma pequena parte da humanidade se utiliza da metacognição, ou seja, vê além do uso mecânico da leitura que envolve a habilidade de auto avaliar a compreensão do que está lendo e objetivar a mensagem em si.
Falando num Português raso: um analfabeto funcional sabe escrever seu próprio nome e até copia textos, (lê e escreve frases simples), efetua cálculos básicos matemáticos, porém é incapaz de interpretar em palavras o que leu ou mesmo colocar idéias no papel por meio da escrita, tendo inclusive, dificuldade de fazer operações matemáticas mais elaboradas.
Isso quer dizer que o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, o significado e o significante do que está exposto.
Significante = imagem que o conjunto de letras forma; parte concreta do signo lingüístico.
EX: na palavra LEITE – português - “leche" em espanhol, ou "milk" em inglês – “latte” em Italiano – “lait” em Frances = a forma é diferente.
Significado = som que o conjunto de letras forma; parte abstrata do signo lingüístico.
EX: Leite é uma secreção nutritiva de cor esbranquiçada e opaca produzida pelas glândulas mamárias das fêmeas dos mamíferos – aqui na Terra como no céu!
Dados recentes do IBGE relatam que 75% dos brasileiros entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente.
Vou dar outro exemplo de “Significante” e “Significado” para aumentar a compreensão.
A escolha de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier) como herói nacional é um clássico da desinformação (significante) de nossa própria história político-sociocultural brasileira.
Uma verdadeira aberração que se propaga por gerações, sem que a realidade sobressaia. Um MEME, assim como tantos que somos vítimas a cada instante.
Tenho pena desses jovens que têm que gravar absurdos e falsos conceitos para dar prosseguimento a um grupo restrito.... mas vamos lá.
A “inconfidência” nunca existiu, tão pouco o indivíduo, Joaquim José da Silva Xavier não foi enforcado. Talvez alguém que tivesse a mesma profissão de "tirar dentes", mas não esse Tiradentes!
Embora a historiografia oficial considere a inconfidência mineira (1789) como uma grande luta para a libertação do Brasil, o historiador inglês Kenneth Maxwell, autor de "A devassa da devassa" (Rio de Janeiro, Terra e Paz, 2ª ed. 1978.) diz que "a conspiração dos mineiros era, basicamente, um movimento de oligarquias, no interesse da oligarquia, sendo o nome do povo invocado apenas como justificativa que objetivava, não a independência do Brasil, mas a de Minas Gerais.
Oligarquia do grego oligoi, (poucos), e arche, (governo) significa, literalmente, governo de poucos
Dividir para conquistar
Segundo Maxwell, Joaquim José da Silva Xavier não foi senão o "bode expiatório" da conspiração. (op.cit., p. 222) "Na verdade, o alferes provavelmente nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos mais amplos do movimento." (p.216)
Como um simples alferes (o equivalente a tenente, hoje) lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores promovendo um levante de tal grandeza?
Com a publicação da obra de Joaquim Norberto de Souza e Silva, História da Conjuração Mineira (1873), que ressaltava o fervor religioso do personagem nos últimos momentos de sua vida, inúmeras representações simbólicas tornaram-se possíveis, aproximando-o à figura de Cristo.
Novos estudos históricos apresentam uma inconfidência mineira diferente daquela que nos contam os livros didáticos.
Já no século XX, Tiradentes pareceu ganhar em definitivo um lugar de destaque no panteão maçônico, tornando-se patrono da Academia Maçônica de Letras. Mas por que esse mineiro poderia representar a maçonaria?
Que legitimidade haveria nisso?
Tiradentes teria sido maçom, e a Inconfidência Mineira, uma conspiração maçônica em prol da libertação nacional
A Inconfidência, a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos seriam expressões de um mesmo fenômeno: o do anseio revolucionário por independência, democracia e liberdade que sacudiu a Europa e a América por meio das atividades maçônicas.
O historiador carioca Marcos Antônio Correa defende que Tiradentes não morreu enforcado em 21 de abril de 1792.
Ele começou a suspeitar disso quando viu uma lista de presença da Assembléia Nacional francesa de 1793, onde constava a assinatura de um tal Joaquim José da Silva Xavier, cujo estudo grafotécnico permitiu concluir que se tratava da assinatura de Tiradentes.
Segundo Correa, um ladrão condenado morreu no lugar de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida pela maçonaria. Testemunhas da morte de Tiradentes se diziam surpresas, porque o executado aparentava ter menos de 45 anos.
Sustenta Correa que Tiradentes teria sido salvo pelo poeta Cruz e Silva (maçom, amigo dos inconfidentes e um dos juízes da Devassa) e embarcado incógnito para Lisboa em agosto de 1792.
Isso confirma o que havia dito Martim Francisco (irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva): que não fora Tiradentes quem morrera enforcado, mas outra pessoa, e que, após o esquartejamento do cadáver, desapareceram com a cabeça, para que não se pudesse identificar o corpo!!
O fervor religioso da época favoreceu o objetivo do grupo por trás do evento associando o personagem Tiradentes aos “últimos momentos de sua vida” em que foi retratado com a imagem clássica do martírio de Cristo.
Uma ancora prefeita para se instalar no inconsciente coletivo de uma nação.
Um reporter clamou em seu texto (após as falhas corriqueiras das provas do ENEM 2010) que “Fernando Haddad, ministro da Educação, é de uma incompetência”
Isso é o que “eles” querem que você acredite. Na verdade ele apenas seguiu e cumpriu ordens explicitas do alto poder central.
O Maranhão tem um eleitorado de 4,3 milhões. Desses, 14% são analfabetos. Não é de espantar, já que entre as 20 piores escolas do Brasil, 5 são maranhenses. Das 20 piores do Maranhão, 20 são escolas estaduais.
Continuo afirmando que estão subestimando os números, mas isso não importa.
O que você tem que prestar atenção aqui não é o SIGNIFICANTE, (aparências, forma, a imagem) mas o SIGNIFICADO disso tudo.
Esse SIGNIFICADO é apenas um: "a conspiração é movimento de oligarquias, no interesse da oligarquia, sendo o nome do povo invocado apenas como justificativa que objetiva, não a cultura de seu povo, mas a da elite dominante.
Quanto mais ignorante, mas fácil de ser manipulado.
Essa mensagem estava na área de comunicação do MEC no dia 8/11/2010
“Alunos que já 'dançaram' no ENEM tentam tumultuar com msgs nas redes sociais”
Precisa dizer mais?
Laura botelho
video da Maçonaria Brasileira