Neste mundo polar tem sempre um pólo oposto
e que nós só podemos apreender o mundo
por meio desses opostos.
Para entender “pequeno”, precisamos do “grande”,
o “bom” somente adquire sentido por meio do “mau” etc.
Daniel Golemann
Livro: Inteligência Emocional
A palavra EMOÇÃO deriva do latim “movere” = mover-se. Toda emoção tem por finalidade o movimento, um impulso que nos leva agir dando continuidade à vida nesse planeta.
Por conseguinte temos duas mentes. Uma que PENSA e outra que SENTE.
RAZÃO – EMOÇÃO - Hemisfério Esquerdo / Hemisfério Direito do nosso cérebro.
Muitas vezes a lógica fria e calculista pode ser a melhor opção em determinados casos para a urgência de nossa sobrevivência, eliminando assim opções ruins ou não salutares para seguir em frente nosso propósito.
Por outro lado, a inundação de emoções como o medo ou a ira nos fazem estancar a razão. Quantas vezes nos pegamos em situações difíceis em que dizemos: “Simplesmente não consigo pensar direito!”
Mas quando esses dois lados da mesma moeda – razão e emoção – trabalham em equipe, interagindo bem, leva o indivíduo ao que chamamos de elevada inteligência emocional. Trabalhar inteligentemente a emoção é uma arte que poucos dominam.
O medo nos tira a razão, isso é fato. E saber controlá-lo é uma aptidão que pode e deve ser desenvolvida desde a mais tenra idade. Um excelente legado para os filhos sem qualquer parâmetro.
Pessoas emocionalmente equilibradas lidam bem com seus sentimentos e conseqüentemente sabem ler (não verbalmente) os sentimentos dos outros. São empáticos naturalmente.
Pessoas imaturas emocionalmente travam batalhas internas constantemente, sabotando sua capacidade de concentrar esforços em um foco, uma meta, que pretendem realizar...
Nesse mundo que vivemos hoje, nenhuma inteligência é mais importante para nosso equilíbrio interior do que a inteligência INTRAPESSOAL. Se não há temos faremos escolhas erradas sobre nossos relacionamentos sociais e afetivos. Interferindo na qualidade de nosso trabalho, emprego, saúde etc.
A incapacidade da autoconsciência, ou seja, da identificação se nossos próprios sentimentos, nos deixa à mercê deles. A capacidade de identificá-los e controlá-los, não tomando atitudes intempestivas, na emoção do momento, é crucial para o discernimento emocional e autocompreensão.
Ter a capacidade de confortar-se, livrar-se da ansiedade, tristeza ou irritabilidade é competência de uma inteligência emocional.
Pessoas fracas nessa habilidade vivem constantemente combatendo sentimentos de desespero, enquanto as pessoas com essa aptidão se recuperam com muito mais rapidez das perturbações da vida.
A autoconsciência é fundamental para a intuição psicológica, pois grande parte de nossa vida emocional é inconsciente. Não percebemos o quanto estamos extrapolando esses sentimentos e sua duração. Ter autoconsciência de um estado de espírito negativo é recuperar urgentemente a autoestima.
O uso da lógica formal jamais pode servir de base para decidir qualquer ação que envolva relacionamentos, onde morar, como viver, e com quem conviver. São áreas onde a razão sem uma emoção correspondente não fará o menor sentido.
Veja que toda a emoção é importante. O objetivo não é eliminá-las, mas equilibrá-las, pois toda emoção tem seu valor e momento adequado.
Quem decide a intensidade e duração dessa emoção é vc!
A arte de nos tranqüilizarmos, nos equilibrarmos é um dom fundamental na vida. Como arte pode ser desenvolvida com bastante exercício diário.
Muitas vezes não temos como avaliar que emoção surgirá no momento inesperado – se ira ou medo na situação, mas devemos, e TEMOS o PODER , de determinar o quanto essa emoção durará!
O disparador da IRA – raiva - é o perigo.
Mas o perigo nem sempre vem de uma ameaça física direta, mas de uma ameaça simbólica!!
Uma ameaça a AUTOESTIMA ou a dignidade. Um insulto a nossa inteligência ou a frustração de um objetivo importante e vital para esse indivíduo pode levá-lo a cometer ações inesperadas no calor do momento. E ira se alimenta de ira!!
Se não sabe controlar a IRA, não a elimine, mas não aja com base nela!
A distração é um excelente e poderoso artifício moderador desse estado de espírito, pois é difícil ficar zangado quando se está feliz se divertindo...
A preocupação – o MEDO de algo iminente – num certo sentido, nos alerta no que pode dar errado futuramente e nos evidencia uma saída para lidar com o motivo dessa preocupação.
A tarefa da PRE-OCUPAÇÂO da mente é apresentar soluções para os vários perigos, prevenindo-os antes que eles ocorram.
O problema é que muitos de nós PRÉ-OCUPAM a mente com problemas que ainda não surgiram ou estão praticamente longe de ocorrer. Portanto, são imaginações de um problema que não tem base para ocorrer!
As preocupações parecem surgir do nada! São incontroláveis, gerando um mal estar constante de ansiedade. Uma visão crônica de um futuro que pode fatalmente ser realizado...
Lembre-se; profecias são autorealizantes!
Essas preocupações seqüestram qualquer tentativa de raciocínio lógico, desencadeando fobias, obsessões, compulsões, pânico, anginas, cólicas renais, colite, gastrite e todo tipo de “ite” que vc possa imaginar!!
Vamos ver alguns sintomas de uma depressão.
· Ódio por si mesmo
· Senso de inutilidade – mãos atadas
· Ausência de alegria (por mais que tente se divertir, não está contente)
· Alienação por coisas e pessoas
· Falta de concentração mental
· Mente dominada por distorções
· Maré tóxica de pensamentos que travam o prazer de sentir vivo
· Insônia ou sono demasiado
· Fome insaciável ou completa falta de apetite
· Desalento
· Dormência
· Agitação nervosa
· Dores pelo corpo todo...
A idéia de um suicídio parece ser uma solução prazerosa...
Ruminar sobre o que nos deprime, foca o tema e persiste com maior grau.
Como a depressão se nutre de ruminação e preocupação com o próprio EGO, ajudar ao próximo nos tira do foco dessas preocupações...
Esteja no centro, se equilibre
Seja feliz
Laura Botelho
Resumindo diciplinar a mente e usa-la a nossa favor.
ResponderExcluir